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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Jacqueline Jackie du Pré


Jacqueline Jackie du Pré [ou DuPré ou duPre]
(Violoncelista britânica )
1945 - 1987

Violoncelista britânica nascida em Oxford, uma das mais famosas instrumentistas do século XX. Era filha de Derek du Pré, um editor nascido em Jersey, e da compositora e professora de piano Royal Academy de Londres nascida em Plymouth, Iris Greep, casados em Londres (1940). Moraram em St Albans por um breve período depois da guerra e mudaram-se para Purley, Surrey, onde ela cresceu fascinada quando ouvia um som de celos no rádio. No seu quinto aniversário ganhou seu primeiro instrumento favorito e aos seis entrou para a London Cello School, na Nottingham Place, 34. Sua primeira professora foi Miss Alison Dalrymple. Aos sete anos fez sua primeira apresentação pública e aos oito passou a estudar com William Pleeth, que ela chamava de Cello Daddy, na Guildhall School of Music, em London, com quem ficou sete anos. Depois estudou 6 meses com Paul Tortelier em Paris, com Pablo Casals, em Zermatt, Suíça, e com Mstislaw Rostropovich, em Moscou, de janeiro a maio (1966). A 10 anos ela ganhou o Prêmio de Suggia-Cello em sua primeira competição internacional. Aos 12 e 13 anos ela executou concertos para a BBC, em Londres. Dois anos depois completou seus estudos de música na Guildhall School of Music, em Londres, premiada com uma medalha de ouro (1960). Um admirador desconhecido lhe deu um Stradivarius (1673) com o qual ela debutou no Wigmore Hall, Londres, tocando o Concerto de Elgar para Violoncello em menor (1961). Este aparecimento e a gravação desse concerto com a London Symphony Orchestra, conduzida por SirJohn Barbirolli, deu-lhe fama mundial. FEz sua primeira exibição nos E.U.A. no dia 14 maio (1965) no Carnegie Hall tocando o Concerto de Elgar. Depois de estudar com Rostropovich, em Moscou, fez seu exame final no Conservatório em Moscou, conduzida por Rostropovich, que observou depois que finalmente tinha encontrado alguém para continuar seu trabalho (1966). No Natal deste mesmo ano ela conheceu Daniel Barenboim com quem se casou em junho do ano seguinte (1967), iniciando uma união bem sucedida tanto o plano pessoal como também no profissional. Infelizmente (1972) uma grave doença, esclerose múltipla, a impediu de continuar tocando e interrompeu sua brilhante carreira aos 27 anos. Daí em diante ela passou o resto de sua vida dando lições de violoncelo. Terminou seus dias em Londres com pouco mais de 42 anos e oito meses de idade, e foi enterrada no Golders Green´s Jewish Cemetery. Em vida tocou em grandes orquestras da Inglaterra e Estados Unidos e foi solista com prestigiados maestros. Ganhou muitos prêmios como a Gold Medal of the Guildhall School of Music, London (1960), o Queen's Prize for British musicians under 30 (1960), Officer of the Order of the British Empire (1976) e Honorary Doctor Degrees das Universidades de Salford, London, Sheffields, Leeds, Durham, Oxford e da Open University. Foi fellowships da Royal Academy of Music, da Guildhall School of Music e do Royal College of Music e Honoray Fellowship do St. Hilda's College in Oxford.

Antonio Meneses


O violoncelista pernambucano Antonio Meneses, de 52 anos, é um fenômeno da música clássica mundial. Trata-se de um dos dois brasileiros que pertencem de fato ao primeiro time do gênero – o outro é o pianista mineiro Nelson Freire. Meneses faz oitenta apresentações anuais, seja como solista de orquestra (a convite de regentes consagrados como Claudio Abbado e sir Simon Rattle), seja como integrante do conjunto de câmara Beaux Arts Trio. Embora viva há mais de vinte anos no exterior, entre os Estados Unidos e países da Europa, tem voltado ao Brasil com freqüência para se apresentar. No dia 5 de setembro ele estará em São Paulo para fazer mais uma bela apresentação. Pelo respeito de que desfruta, Meneses poderia facilmente assumir ares de prima-dona. Nada mais distante de seu estilo, contudo. Ao lado do talento musical, a discrição é por certo o seu traço mais evidente.
Ao contrário da maioria dos músicos eruditos, Meneses não alardeia seu talento e não freqüenta festas badaladas. Outro indício dessa discrição é o modo como ele fala sobre sua parceria com Cristina Ortiz. Nos anos 80, eles tocaram juntos com grande freqüência. A química era tão intensa ("Um sabia quando o outro ia respirar", lembra Cristina) que não demoraram a surgir boatos sobre um namoro. O dueto teve de se desfazer em 1988, por pressão da mulher de Meneses, a pianista filipina Cecile Licad. Ao assistir pela primeira vez a uma apresentação dos dois, Cecile enfureceu-se ao verificar que a harmonia entre eles, como já diziam as más-línguas, de fato transcendia o ambiente das salas de concerto. Até hoje, Meneses nega veementemente que tenha havido um caso entre ele e sua parceira. Cristina Ortiz é menos peremptória. "A separação me machucou e doeu por muito tempo", diz ela. Em meados dos anos 90, Meneses e Cecile Licad decidiram divorciar-se. Eles têm um filho, Otavio, cujo nome foi tirado de um personagem da ópera Don Giovanni, de Mozart. O divórcio abriu caminho para que a parceria com Cristina Ortiz se reconstituísse. "Ele me ligou, dizendo que havia perdido tempo demais e queria voltar. No que eu respondi: 'Depende. Se você estiver casado com outra pianista oriental, estou fora' ", brinca Cristina.
A ironia é que Meneses está casado com outra pianista – e oriental. A nova eleita é a japonesa Satoko Kuroda, professora de música na Basiléia, cidade suíça que Meneses escolheu para morar. Como a mulher raras vezes o acompanha em seus périplos musicais, ele desenvolveu uma boa fórmula para fazer "reviver a chama" nos reencontros. Ela inclui espaguete ao vôngole – preparado por Meneses – e servido ao som de peças de Bach tocadas pelo violoncelista espanhol Pablo Casals. "Antonio é um homem galante, um conquistador discreto, do tipo que diz tudo com o olhar", afirma uma amiga.
Meneses começou a aprender violoncelo aos 6 anos, por influência do pai, trompista da Orquestra Sinfônica Brasileira. Em 1977, aos 19 anos, ele foi o vencedor do prestigiado Concurso Internacional de Munique. Quatro anos mais tarde, gravou ao lado do austríaco Herbert von Karajan, um dos maiores regentes do século XX. Os registros da peça Don Quixote, de Richard Strauss, e do Concerto Duplo, de Johannes Brahms (que contou também com a violinista Anne-Sophie Mutter), feitos com Karajan, são itens obrigatórios em qualquer discoteca de música clássica que se preze. Meneses nem se abalava com as carraspanas que lhe dava o maestro austríaco, famoso também por sua rigidez. "Como bom descendente de nordestinos, eu sempre respeitei a autoridade", diz. O patrimônio do músico é composto apenas de seus dois violoncelos, avaliados em cerca de 1,3 milhão de dólares. "Eu continuo a pagar aluguel, porque sinto que não pertenço a lugar nenhum do mundo. Mas quem sabe um dia eu volte a morar no Rio."

terça-feira, 13 de outubro de 2009


Este violoncelo foi tocado na orquestra de Arcangelo Corelli, em Roma,
na data de 1700.
Uma prova que este instrumento tenha sido tocado na Orquestra de Arcangelo Corelli, em Roma é que a Dr. Agnese Pavanello, uma musicóloga de Roma, que escreveu a sua dissertação sobre Corelli’s orchestra, informou que tanto Cimapane Simone e seu filho foram membros da Corelli’s orchestra, alem disso, Simone também fez instrumentos.
Embora o violoncelo não tenha sido reduzido em tamanho; medidas de volta a 77 cm, O que é típico para violoncelos de orquestras do ano de 1700. É portador de forma pouco habitual, o de uma roseta uma característica bastante rara para um violoncelo.


VIOLONCELLOS ANTIGOS



Atualmente este violoncelo está emprestado a Lúcia Krommer, Pecs, Hungria, que é membro principal do Orpheon consort. No entanto, ela também usa o Anton Posch violoncelo, e as Nikolaus Leidolff, bem como uma série de violas da gamba de uma grande coleção.


Rotulado: Ramon Fernan / dez 1640 Oviedo



Apesar de julgar o som deste instrumento um dos melhores da coleção, os especialistas estão em desacordo quanto à sua origem. Eric Blot (Cremona) alega que a madeira utilizada para as costas e as laterais são de uma espécie particular de ácer encontradas nas Montanhas Appennine, no centro da Itália chamado Oppio, confirmando assim a atribuição ao Norte de Itália 1720 por Charles Beare (Londres).

Contudo, outros peritos dizem que a madeira da parte de trás pode ser uma das seguintes madeiras: carpino, salgueiro, cereja, pêra ou maçã. Todas essas madeiras são conhecidos por terem sido utilizados para a construção de violoncelos e baixos.

Violoncelo
Simone Cimapane
(Rome, 1692)